segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Abstinência.


Já lutou pelo amor de alguém?

Já se esforçou para que essa pessoa reconhecesse seus sentimentos, e a partir disso, te desse uma chance de ser feliz?

Eu já;

Ignorei minhas convicções, minhas ideologias, meus ‘métodos de auto defesa’, cheguei, até mesmo a ignorar quem eu de fato me tornei, na esperança de receber desse alguém, aquilo que julgava ser o mais importante de tudo: seu ‘amor’.

Mas, de repente, eu enxerguei! E o que eu poderia fazer a partir de então? O que fazer quando o amor que te juram não passa de uma paixão... que ignora seus sentimentos e menospreza seus esforços; quando esse amor se mostra na verdade uma ilusão, e aquela pessoa, que parecia ser a solução para todos seus problemas, na verdade não passa de mais uma decepção em sua vida.

Mais uma decepção, e nada mais.

E todos aqueles abraços, que pareciam serem feitos para se encaixarem aos meus? E todos aqueles beijos que, de tão necessários, eram quase perfeitos? E todas aquelas promessas, aqueles sonhos?

Ainda enxergo o seu sorriso em meio a escuridão, e pior do que ainda enxergá-lo, ainda penso que ele é capaz de iluminar toda a cidade.

Apesar do mal que você me faz; da dor que me proporciona e da angústia que me desperta, você ainda é ‘aquilo’ que eu deito sentindo falta e acordo procurando; você é a paz de espírito que me perturba a alma; você é aquela dor que me conforta, aquele vazio que me preenche.

Você ainda é aquele vício do qual eu não consigo me livrar, e a minha vida, ainda continua sendo uma grande abstinência!

sábado, 11 de setembro de 2010

Desabafo.

Sabe, não é fácil deixar de lado tudo o que sempre acreditei e, de uma hora para outra, expor para qualquer um que queria ver o que sinto, como penso...

Nessa vida, tudo acontece por algum motivo; uma coisa puxa outra, ações e reações, e aquela ‘besteirada’ toda. ‘Besteirada’ entre aspas sim, porque, apesar da gente tentar ignorar, a veracidade dessas 'leis', são incontestáveis.

E é sobre isso que venho falar hoje.

Tudo acontece por algum motivo, e os meus, são algumas pessoas.

Nunca tive nada, nem ninguém. Minha família nunca demonstrou muito interesse, problemas familiares foram constantes e abundantes em toda a minha vida. Não só familiares, mas problemas de relacionamento em geral. Apesar de estar sempre rodeado de pessoas, não havia um momento sequer em que não me sentisse sozinho. E essa era a única certeza que eu tinha: eu nasci, viveria e morreria sozinho.

Só que, em determinado momento, pessoas apareceram e me iludiram, e me fizeram pensar na chance de existir outras possibilidades.

Antes eu tivesse mantido minhas idéias, meus achismos, minhas convicções.

Em contrapartida, graças a esses deslizes, hoje sou uma pessoa mais fria, mais forte e mais sensata.

Você perde de um lado, mas ganha do outro. Posso ser sozinho e só ter tido decepções quando o assunto é 'relacionamentos', mas, se eu fosse uma pessoa feliz, será que seria tão realista? Ou será que viveria em um mundo imaginário onde, no fim, as coisas sempre darão certo?

Uma coisa importante que aprendi é que expectativas geram frustrações! No entanto, decepções, nos fortalecem. E o rancor, ao contrário do que se pensa, pode ser muito útil.. pois não nos permite insistir em erros já cometidos.

Ser frio, distante, indiferente e racional, não significa ser invisível!

E é por isso que eu quero 'me mostrar', pois tenho certeza que existem muitas pessoas que pensam como eu, e espero poder fortalecer nossas convicções através dessas 'rabiscos' aqui escritos, que para alguns, não fazem o menor sentido, mas para nós, é claro, simples e de fácil entendimento.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Prazer, meu nome é tentativa.


Já teve a sensação de que tudo aquilo que você guarda consigo, talvez não devesse de fato estar escondido em suas lembranças?

 Já sentiu como se tivesse obrigação de dividir esse peso que trás sobre os ombros, mas não consegue encontrar uma maneira eficaz de fazer isso?

 Pois é, venho sentindo isso há algum tempo.. e, como não sou bom em compartilhar meus medos, fracassos, angústias e decepções frente a frente, olhando no olho, observando a reação de quem me escuta, acredito que a maneira mais eficiente de se fazer isso, pelo menos por hora, seja por aqui.

Por algum tempo, fui realmente bom em guardar tudo para mim, enfrentar de frente meus demônios, e arcar com as consequências que essa disposição me trazia, da melhor forma possível.

Por um bom tempo, consegui deitar em meu travesseiro, repassar o dia, a semanas, com pesar, mas virar para o lado, ignorar e dormir. Hoje, essa indiferença não existe mais, e simplesmente ignorar já não é assim tão fácil.

Não tenho nada de diferente; não sou privilegiado nem mesmo azarado demais. Talvez o problema, seja que sou muito sentimental, considero mais do que deveria tudo o que acontece comigo, e torno pequenos contratempos em grandes histórias.

E vou compartilhá-las aqui!

Como diz a música, "Eu procurei, jurei que não iria mais falar de mim. Mas eu sou assim, eu tenho tanta historia pra contar."